A terceira edição do Fotofestival SOLAR, que acontecerá entre os dias 11 e 15 de dezembro, trará, entre os convidados nacionais e internacionais, os renomados documentaristas brasileiros, Jorge Bodanzky e João Moreira Salles. O evento, com programação gratuita, mostrará a força da fotografia enquanto manifestação artística interligada com outras expressões do mundo das artes e da cultura, e ocupará equipamentos em Fortaleza (Pinacoteca do Ceará, Estação das Artes, Museu da Imagem e do Som do Ceará - MIS, Mercado AlimentaCE e KUYA - Centro de Design do Ceará) e também terá atividades no Crato, no Centro Cultural do Cariri.
Como parte da programação do SOLAR, na Pinacoteca do Ceará, acontecerá a exposição "Que país é esse?” - A câmera de Jorge Bodanzky durante a ditadura brasileira (1964 - 1985)", com curadoria de Thyago Nogueira. A mostra, realizada em parceria com o Instituto Moreira Salles, conta o Brasil por meio de fotografias e filmes realizados pelo fotógrafo durante a ditadura no contexto dos 60 anos do golpe militar. A exposição fica aberta ao público de 11 de dezembro a 13 de abril de 2025. Durante o SOLAR, a visitação será de quinta a sábado, das 12h às 22h, com acesso até às 21h30; e no domingo, das 10h às 18h, com acesso até às 17h30. É mais uma atividade realizada pela Rede Pública de Espaços e Equipamentos Culturais do Estado do Ceará (RECE), em parceria com o Fotofestival SOLAR.
Também na Pinacoteca do Ceará, no dia 13 de dezembro, sexta-feira, de 19h30 às 21h, acontecerá a conversa sobre “A política das imagens ou como narrar um país em luta”, com Jorge Bodanzky e João Moreira Salles e mediação de Bete Jaguaribe. Nesta conversa, Jorge Bodanzky e João Moreira Salles, referências do audiovisual brasileiro, exploram a força da imagem e do cinema como ferramentas de reflexão social e cultural, capazes de promover diálogos profundos. Com obras que revelam o Brasil, eles discutem como suas narrativas documentais capturam a diversidade, as desigualdades e os desafios do país. Será uma conversa sobre arte, memória e transformação social.
Sobre Jorge Bodanzky
Cineasta, fotógrafo e repórter, nasceu em São Paulo, em 1942. Estudou na Universidade de Brasília e na Escola de Design de Ulm, na Alemanha. Iniciou a carreira de fotógrafo incentivado por Amélia Toledo e Athos Bulcão. Trabalhou para as revistas Manchete e Realidade, o Jornal da Tarde, entre outros. Fotografou muitos longas-metragens entre 1968 e 1974. Estreou como diretor de cinema com o média-metragem Caminhos de Valderez (1971), codirigido com Hermano Penna. Seu primeiro longa, Iracema: uma transa amazônica (1974), codirigido com Orlando Senna, foi censurado no Brasil até 1981. Após Iracema, dirigiu inúmeros filmes, como Gitirana (1975, codireção de Orlando Senna), Jari (1979, codireção de Wolf Gauer) e Amazônia, a nova Minamata? (2022). Seu acervo de fotografias e filmes super-8 foi incorporado pelo Instituto Moreira Salles em 2013. Colabora com a revista ZUM.
Sobre João Moreira Salles
João Moreira Salles é documentarista e fundador da revista piauí. Dirigiu, entre outros filmes, Notícias de uma guerra particular, Santiago, Nelson Freire e No intenso agora. Mais recentemente, publicou “Arrabalde”, série de sete reportagens sobre o período que passou na Amazônia.
SERVIÇO
Fotofestival SOLAR 2024
Quando: de 11 a 15 de dezembro de 2024
ACESSO: Gratuito. Livre.
Confira a programação completa: