TARDE
LOCAL KUYA - Centro de Design do Ceará
14h-15h30
Cinelivro Post-apartheid
com Ana Vitório e Vitor Casemiro
Edição criada especialmente para o Solar 2024, o Cinelivro Pós-partheid reúne obras que refletem e contextualizam os 30 anos da democracia sul-africana. Ao fim da sessão, Ana Paula Vitorio e Vitor Casemiro conversam sobre os livros exibidos, destacando a importância desses trabalhos para o cenário dos fotolivros contemporâneos.
Ana Paula Vitorio é pesquisadora e está em pós-doutorado no departamento de Linguistica e Práticas da Linguagem da University of the Free State (África do Sul). É doutora pelo programa de Literatura, Cultura e Contemporaneidade da PUC-Rio e mestre em comunicação pela UFJF. É integrante do Lombada e, além de publicações acadêmicas dedicadas a pensar fotolivros e à relação entre livro e imagem fotográfica, tem artigos publicados no site da Revista Zum e na Bade de Dados de Livros de Fotografia.
Vitor Casemiro é um roteirista que fotografa. Desde 2010 pesquisando narrativas visuais, encontrou no fotolivro uma conexão entre fotografia e cinema. Atua como editor freelancer, e é membro da Havaiana Papers, plataforma de distribuição para publicações latino-americanas. Como editor publicou “Óris" (2023) de Bárbara Lissa e Maria Vaz, "O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã" (2023) de Erick Peres, entre outros. Como autor publicou “Noites Desperdiçadas" (2018), destaque na convocatória de fotolivros do Festival Zum e "Shadow over Shadow" (2023), vencedor do Kassel Dummy Award (Alemanha), e vencedor da categoria Melhor Edição do Prêmio Internacional FELIFA (Argentina).
16h-17h30
O Nome das Coisas
com Diógenes Moura, Noemi Jaffe e José Manuel Diogo - Mediação de Joca Reiners Terron
Em diálogo com a exposição “Ali onde as palavras são os nomes das coisas”, e curadoria de Diógenes Moura, conversaremos sobre a relação entre imagem e palavra, movimentando diálogos, tensões, precipitações e ressonâncias. A mostra tem como ponto de partida o projeto “200 anos, 200 livros”, uma iniciativa que lançou-se ao desafio de elaborar uma lista com os títulos mais importantes para entender o país.
Nos trânsitos entre a literatura, a fotografia/imagem e outras linguagens, buscaremos refletir sobre a experiência Brasil, não com a ilusão de chegar a respostas definitivas, mas tentando imaginá-lo de outras formas e vislumbrar as transformações diante dos abismos abertos ao nosso redor.
Diógenes Moura é escritor, curador de fotografia, roteirista e editor. Nasceu, em Recife, Pernambuco. Morou durante 17 anos em Salvador, Bahia. Semifinalista do Prêmio Oceanos em 2022, com o romance Vazão 10.8 - A Última Gota de Morfina e em 2019, com O Livro dos Monólogos - Recuperação para ouvir objetos, ambos publicados pela Vento Leste Editora. Também recebeu o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), em 2022, pela pesquisa e curadoria da exposição Terra em Transe, especialmente concebida para o SOLAR FotoFestival 2018, depois realizada no Museu Afro Brasil (2021/2022).
Noemi Jaffe é escritora, professora de literatura e de escrita e crítica literária. Doutorou-se em Literatura Brasileira pela USP. Publicou "O que os cegos estão sonhando" (Ed.34-2012), "A verdadeira história do alfabeto" (Companhia das Letras - 2012), vencedor do Prêmio Brasília de Literatura em 2014, "Irisz: as orquídeas"(Companhia das Letras - 2015), "Não está mais aqui quem falou"(Companhia das Letras - 2017), "O que ela sussurra", “Lili: Novela de um luto” (Companhia das Letras – 2021), “Escrita em movimento: sete princípios do fazer literário” (Companhia das Letras – 2023), entre outros. Desde 2016, mantém o Centro Cultural Literário Escrevedeira, em parceria com Luciana Gerbovic e João Bandeira.
José Manuel Diogo é escritor, jornalista, professor, consultor internacional e produtor cultural português. Nasceu em Coimbra, Portugal, e divide sua vida entre Lisboa e São Paulo. Ao longo de sua trajetória, destacou-se como um dos principais promotores da cultura de língua portuguesa, com projetos inovadores que conectam países lusófonos em iniciativas literárias, culturais e empresariais. Publicou diversas obras de destaque, incluindo a biografia "I Me", sobre Steve Jobs, e o best-seller "As Grandes Agências Secretas", que explora o funcionamento das principais agências de inteligência do mundo. É colunista da Folha de S. Paulo, Jornal Económico, Diário de Coimbra, e O País. Atualmente, José Manuel é professor de Marketing e Comunicação Comparada no IDP, em Brasília, onde desenvolve conteúdos que exploram as interseções entre Brasil e Portugal nas áreas de mídia e comunicação. Foi um dos criadores do FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos, um dos maiores festivais literários de Portugal, além de ter sido organizador e curador do 1º Festival Literário Internacional da Paraíba (FLIPARAÍBA), que aconteceu recentemente em João Pessoa, reunindo escritores da África, Brasil e Portugal. Com o tema central "10 Ideias para um Futuro Descolonizado", o festival explorou os 500 anos de Luís de Camões como ponto de partida para reflexões sobre reparação e descolonização cultural.
Joca Reiners Terron (Cuiabá, 1968) fundou a editora Ciência do Acidente, pela qual publicou seu primeiro livro de poemas, Eletroencefalodrama (1998). A editora também lançou seu romance de estreia, Não Há Nada Lá (2001, reeditado pela Companhia das Letras em 2011), e seu segundo livro de poemas, Animal Anônimo (2002). Publicou os contos de Hotel Hell (Livros do Mal, 2003), Curva de Rio Sujo (Planeta, 2003; publicado em Portugal pela ASA editores, 2005), e Sonho Interrompido por Guilhotina (Casa da Palavra, 2006), além de Guia de Ruas sem Saída, novela gráfica ilustrada por André Ducci (Edith, 2012). Recebeu o Prêmio Machado de Assis da Biblioteca Nacional pelo romance Do Fundo do Poço se Vê a Lua (Companhia das Letras, 2010; publicado em Portugal pela Teorema, 2016). Publicou A Tristeza Extraordinária do Leopardo-das-Neves (Companhia das Letras, 2013), Noite Dentro da Noite (Companhia das Letras, 2017) e A Morte e o Meteoro (Todavia, 2019). Seu último romance é O Riso dos Ratos (Todavia, 2021).
MUSEU DA IMAGEM E DO SOM DO CEARÁ
19h
Poesia, amor e revolução
com Ângela Berlinde e a presença dos artistas Bárbara Fonte, David-Alexandre Guéniot, Luísa Sequeira, Miguel Del Castillo, Shinji Nagabe e Tales Frey
Apresentação curatorial da exposição VERMELHO VIVO.
Ângela Berlinde (PT) é artista, investigadora e curadora na área da Fotografia Contemporânea. Doutora em Comunicação Visual pela UM Braga e pós-doutorada em Poéticas transdisciplinares e Fotografia híbrida É co-fundadora do Atlas Digital de Livros de Fotografia em Portugal. Integrou a equipe de coordenação geral do Fotofestival SOLAR, no qual é consultora artística.
Bárbara Fonte, nascida em 1981, artista plástica, licenciada em Artes Plásticas - Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (Portugal), apresenta um trabalho multidisciplinar no campo do desenho, da fotografia, do vídeo, da performance, da escultura e da escrita. O seu projeto reflete questões de identidade, corpo, religião e política, procurando, com uma atitude experimental, revelar o domínio do lado íntimo, afetivo e indomesticado do Homem Universal.
Luísa Sequeira, Portugal, 1975. Luísa Sequeira é cineasta, artista visual e curadora de cinema. Com doutoramento em Arte, transita em diferentes plataformas, explorando as fronteiras entre o digital e o analógico. Trabalha com colagem, arquivo e cinema expandido. Entre os seus trabalhos destacam-se: “Rosas de Maio" "Que Podem as Palavras", “A Luz da Estrela Morta”, "Quem é Bárbara Virgínia?", "Os Cravos e a Rocha", "Limite” e "All Women Are Maria". Cofundadora, com o artista Sama, da Oficina Imperfeita. Exibiu o seu trabalho em diferentes espaços: Bienal Kaunas, Bienal de Cerveira, Parque Lage, Masc Foundation em Viena, Mostra de São Paulo, IFF Roterdão, DocLisboa, Cinema Museum em Londres, New Bedford Whaling Museum, Universidade de Oxford e o Centro Audiovisual Simone de Beauvoir.
Miguel Del Castillo é escritor, tradutor, editor e curador. Carioca radicado em São Paulo, é autor do livro de contos Restinga e do romance Cancún (finalista do Prêmio São Paulo de Literatura), ambos publicados pela Companhia das Letras. Foi editor da Cosac Naify e do site da revista ZUM, manteve uma coluna sobre fotolivros no site da livraria Megafauna e é mestrando em literatura comparada na USP. Organizou exposições como Stefania Bril: desobediência pelo afeto e Escrever com a imagem e ver com a palavra: fotografia e literatura na obra de Maureen Bisilliat. É coordenador da Biblioteca de Fotografia do Instituto Moreira Salles.
Shinji Nagabe é um artista visual brasileiro, de origem japonesa, que vive na Europa desde 2014. Sua trajetória artística foi profundamente marcada pelos desafios da migração e pela busca de identidade. Essa luta pela preservação e transformação de sua identidade se tornou um tema central em seu trabalho, onde ele explora diversas trajetórias e costumes que moldaram sua própria personalidade. Reconhecido pelo uso inovador de materiais acessíveis e industrializados, que ele combina com sua experiência como jornalista e fotógrafo para criar obras de arte únicas e provocativas. Suas obras desafiam noções convencionais de identidade e pertencimento, convidando o público a refletir sobre as interseções culturais e os paradoxos da sociedade globalizada.
Tales Frey é um artista transdisciplinar representado pela Galeria Verve (SP) e pela Shame Gallery (Bruxelas). Pós-doutorando no Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, Portugal, é professor e investigador auxiliar na mesma instituição. Tem doutorado em Estudos Teatrais pela Universidade de Coimbra e mestrado em Teoria e Crítica da Arte pela Universidade do Porto. Publicou textos críticos para instituições como a Caixa Cultural do Recife e o SESC Pompéia. Além disso, é especializado em Práticas Artísticas Contemporâneas e Direção Teatral.