Na noite de quinta-feira, 12 de dezembro, o Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS Ceará) foi palco de uma abertura memorável. Com um público expressivo, a exposição Vermelho Vivo foi aberta, trazendo um grito apaixonado de resistência e reflexão sobre os valores de liberdade, democracia e revolução. Com curadoria de Ângela Berlinde, a mostra celebra a arte como um manifesto coletivo de transformação social e histórica, reverberando o impacto da Revolução dos Cravos em Portugal, o golpe militar no Brasil e a luta de povos em busca da liberdade.
Foto Deivyson Teixeira / MIS Ceará
O evento contou também com a performance poética Balada para um túmulo comum, de Bárbara Fonte, que trouxe à tona as questões de resistência feminina e o sacrifício das mulheres ao longo da história. A obra foi um dos momentos de destaque, com uma apresentação que mesclou poesia e performance, criando uma atmosfera de reflexão profunda no público.
Silas de Paula, diretor do MIS Ceará, destacou a conexão essencial entre arte e democracia: "A democracia é algo que deve ser constantemente conquistada e a arte tem esse papel crucial de nos lembrar disso. Exposições como Vermelho Vivo mostram que a arte não é apenas uma expressão individual, mas uma ferramenta coletiva de reflexão e resistência. Ela nos une, provoca e incentiva a lutar pela liberdade e pelo respeito mútuo, elementos fundamentais na construção de um futuro mais justo e democrático."
Já Tiago Santana, diretor presidente do Instituto Mirante, destacou a relevância do momento histórico e artístico: "Estamos celebrando não apenas os 60 anos do golpe de 1964 no Brasil, mas também refletindo sobre as cicatrizes que ele deixou. O Vermelho Vivo é um convite para que olhemos para o passado e, ao mesmo tempo, para o futuro, para que possamos continuar a luta pela democracia com coragem e responsabilidade."
Foto Deivyson Teixeira / MIS Ceará
A exposição não só revisita momentos históricos, mas também provoca questionamentos sobre o presente. Luisa Cela, Secretária da Cultura do Ceará, enfatizou a importância da reflexão sobre o papel da arte e da cultura neste cenário: "Exposições, como o Vermelho Vivo, desafiam a gente a repensar o Brasil, a nossa memória e o nosso futuro. A arte é um espaço de liberdade e resistência, hoje, mais do que nunca, precisamos dessa reflexão para construir o mundo que queremos."
Dentre o público que estava presente, estava a jornalista Luana Esmeraldo que ressaltou a experiência sensorial proporcionada pela exposição: "É impossível não ser tocada pelas obras que estão aqui. Cada imagem, cada poema, cada som ressoa de uma maneira muito profunda. A arte tem esse poder de nos conectar com as nossas emoções mais íntimas, e Vermelho Vivo faz isso de forma muito potente."
A exposição também teve uma visita mediada com a curadora Ângela Berlinde e outros artistas, proporcionando ao público uma experiência mais imersiva e reflexiva.
Com um grande público e uma noite repleta de diálogos sobre arte, política e resistência, Vermelho Vivo segue no MIS Ceará até o final de janeiro de 2025.
SERVIÇO
Fotofestival SOLAR 2024
Quando: de 11 a 15 de dezembro de 2024
ACESSO: Gratuito. Livre.
Confira a programação completa: