DIA 11/12

 DOMINGO 18H 

Estratégias para enxergar os movimentos do mundo
Nair Benedicto e Isis Medeiros conversam com Iana Soares

Pinacoteca, Estação das Artes


Nesta conversa, Isis Medeiros e Nair Benedicto, fotógrafas brasileiras de diferentes gerações, compartilham os encontros que tiveram nos caminhos das imagens e das utopias, a partir do compromisso em narrar histórias coletivas. O olhar para o passado pode inspirar a organização do presente, em busca de observar os movimentos que anunciam futuros em que há justiça social para as diversas comunidades e a vida é abundante. 

Isis Medeiros nasceu em Ponte Nova, Minas Gerais, em 1989. Formou-se em Design pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Foi levada à fotografia pelo interesse de documentar movimentos sociais e políticos, a luta feminista e as consequências desastrosas da atividade de mineração, como em Mariana e Brumadinho.

Entre 2016 e 2018, realizou o projeto de 100 releituras fotográficas chamado Mulheres Cabulosas da História, série que foi premiada. Seus trabalhos já foram publicados pela National Geografic, Folha de S. Paulo, The Intercept Brasil, BBC, Mogabay, Huffpost, Greenpeace, Brasil de Fato e Jornalistas Livres.

Sua última publicação foi o livro 15:30 (2020), uma leitura visual que retrata ao longo de cinco anos os desdobramentos do maior crime socioambiental da mineração no mundo, o rompimento da barragem em Mariana.

Nair Benedicto - "Pensei ser advogada...psicologa...videomaker. Sempre buscando trabalho independente. Sou fotógrafa. Ser independente tem seu preço, mas poder escolher e trabalhar minhas próprias pautas valeu e vale muito a pena. Já nos anos setenta comecei a fotografar a Amazonia e Questão ambiental, Mulher e da Criança, os movimentos sociais, incluindo as festas populares., inclusive para a UNICEF. Fui uma das fundadoras da Agencia F.4, onde pude desenvolver um trabalho cooperativo por mais de 10 anos e depois uma das fundadoras do Nafoto, almejando abrir para a Fotografia Brasileira os espaços que ela merecia no Brasil e no Exterior. Durante 20 anos conseguimos realizar o Mês Internacional da Fotografia com trocas expressivas de exposições entre Brasil e Europa, Estados Unidos, Asia e sobretudo América Latina. Meu foco continua sendo o ser humano e o universo ao seu redor. Meus Trabalhos estão em revistas nacionais e estrangeiras e em vários Museus como MASP/SP, Mam/RJ, Smithsonian/Washington, Belas Artes/Buenos Aires, MOMA/Nova YORK e muitos livros publicados. Estou incluída no ”UNE HISTOIRE MONDIALE DES FEMMES PHOTOGRAPHE-EDITION TEXTUEL”- França 2021 e “ENCICLOPEDIE INTERNATIONALE DES PHOTOGRAPHES DE 1839 A NOS JOURS” EDITION Michele e Michel Auer. Nos últimos 15 anos desenvolvo minhas pautas através da N-Imagens. Até hoje, consegui sobreviver sem vender a alma".