Passou parte da infância em Goiana, Mata Norte de Pernambuco. Foi criado por uma mulher cega. Mãe Ná, sua avó, morreu em 2009, aos 106 anos, e sempre foi uma referência na conduta de vida e na arte de enxergar. Desde criança, Beto aprendeu que o sentido da visão jamais foi parte essencial para a alegria. O jeito de ver as coisas se construiu de maneira diferenciada – em função dos ensinamentos de Mãe Ná, que jamais o viu, mas o acompanhou de perto, desde o início de sua carreira como fotógrafo. A afetiva história sobre o olhar de Beto Figueiroa, impressa em suas fotos, é a primeira explicação para o reconhecimento do seu trabalho. Com uma passagem de oito anos pela editorial de fotografia do Jornal do Commercio (2000/2007), foi reconhecido pelas principais premiações do fotojornalismo nacional, como Vladimir Herzog, Caixa de Jornalismo Social e Ayrton Senna. Beto também participou de exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, além de inúmeras publicações em livros e revistas. Em 2007, esteve entre os dez brasileiros escolhidos pela Fototeca de Cuba e pelo Instituto de Mídia e Arte – Imea para representar a fotografia brasileira, sendo o mais jovem da seleção na mostra “Mirame – una ventana da fotografia brasileña”, em Havana. Em dezembro de 2014, realizou a exposição “Morro de Fé”, realizada sob o formato de intervenção urbano-artística no Morro da Conceição, comunidade na Zona Norte do Recife. Em 2015, o trabalho se transformou em livro e faz parte da coleção de Fotolivros da UFMG e do TURMA, importante núcleo de Fotografia da Argentina. Em 2016, lançou o “BANZO”, seu segundo livro em parceria com a editora Olhavê. Em 2018, montou a exposição “ExistenCidades” no Museu de Arte Moderna Aloízio Magalhães, MAMAM - Recife.